AGRICULTURA BIOLÓGICA
(in Agrobio, em http://www.agrobio.pt/pt/o-que-e-a-agricultura-biologica.T136.php)
A Agricultura Biológica é um modo
de produção que visa produzir alimentos e fibras têxteis de elevada qualidade,
saudáveis, ao mesmo tempo que promove práticas sustentáveis e de impacto
positivo no ecossistema agrícola. Assim, através do uso adequado de métodos
preventivos e culturais, tais como as rotações, os adubos verdes, a
compostagem, as consociações e a instalação de sebes vivas, entre outros,
fomenta a melhoria da fertilidade do solo e a biodiversidade.
Em Agricultura Biológica, não se
recorre à aplicação de pesticidas nem adubos químicos de síntese, nem ao uso de
organismos geneticamente modificados. Desta forma, garante-se o direito à
escolha do consumidor e é salvaguardada a saúde do consumidor, ao evitar
resíduos químicos nos alimentos. É, além disso, salvaguardada a saúde dos
produtores, que evitam o contacto com químicos nocivos e preserva-se o ambiente
da contaminação de poluentes, cuja atual carga sobre os solos e as águas é, em
grande parte, da responsabilidade de sistemas intensivos de agropecuária.
A produção animal biológica
pauta-se por normas de ética e respeito pelo bem-estar animal, praticando uma
alimentação adequada à sua fisiologia e facultando condições ambientais que
permitam aos animais expressar os seus comportamentos naturais e não recorre ao
uso de hormonas nem antibióticos como promotores de crescimento.
A Agricultura Biológica é também
conhecida como “agricultura orgânica” (Brasil e países de língua inglesa),
“agricultura ecológica” (Espanha, Dinamarca) ou “agricultura natural” (Japão).
Na Europa, a Agricultura
Biológica é alvo de legislação específica, estabelecendo normas detalhadas cujo
cumprimento é controlado e certificado por organismos acreditados para o
efeito. Os produtos de Agricultura Biológica são reconhecidos pelo logótipo
europeu de Agricultura Biológica.
PERMACULTURA
Permacultura é por um lado uma
filosofia de vida com um conjunto de éticas e princípios, e por outro, uma
lógica inteligente e ferramentas que nos permitem desenhar ou redesenhar
qualquer sistema humano (quintas, aldeias, etc.) e não deixa também de ser uma
compilação de técnicas e práticas (por vezes muito simples) recolhidas por todo
o mundo, muitas vezes em países em vias de desenvolvimento. Técnicas estas que
permitiram a muitos povos sobreviver em locais com escassos recursos, como água
ou vegetação.
Sob condições adversas, o engenho
humano desenvolveu técnicas para cultivar em desertos, recolher águas da chuva,
reduzir a quantidade de lenha para aquecimento, expandir florestas, aproveitar
os recursos existentes, mas salvaguardando sempre as necessidades das gerações
futuras, lógica que nos permitiu estar aqui hoje. De facto, a lógica
predominante actual não vai permitir a vida futura a milhões de humanos e a
toda a vida terrestre. Há que mudar, a partir de dentro, e começar a curar a
terra, por todas as razões do mundo.
Permacultura conta-nos que tudo
está ligado, o peixe ao rio, á chuva, ao carvalho, á coruja, ás raposas, ao
musgo; quando beneficiamos um, beneficiamos todos, e quando prejudicamos um,
prejudicamos tudo e todos.
Podemos afirmar que, com todas as
“ferramentas” que nos dá a Permacultura, podemos “desenhar” ou organizar um
espaço como uma quinta, aldeia ou até polígono industrial, de forma a melhorar
o desempenho de todos os elementos, poupando energia e fechando os ciclos,
porque e afinal de contas, poluição é no fundo, energia no local errado. A
organização social também será altamente beneficiada quando baseada nestes
princípios, uma filosofia positiva. São técnicas muito simples, que
capacitam-nos com ferramentas e conhecimento para nos tornarmos cada vez mais
auto suficientes, e felizes.
As éticas da Permacultura:
Cuidar da terra, porque temos de parar de maltratar a terra mãe e
assumir uma existência mais positiva;
Cuidar das pessoas, porque pessoas felizes e realizadas cuidam bem
do planeta e dos seus semelhantes;
Partilhar os excedentes e limitar o consumo, porque simplesmente
não precisamos da maior parte do que temos ou adquirimos.”
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